Matemática, FQ e Futebol: A Santíssima Trindade dos Horários
Fazer horários para explicações de matemática e FQ é como tentar encaixar um elefante, um gato e uma centopeia numa caixa de sapatos. Das 9h às 17h os alunos já estão ocupados com escola, depois vem o padel, o futebol, a ginástica, a catequese, o instituto de inglês e, muito provavelmente, uma reunião secreta com os Illuminati.
Então lá estou eu, Paula a domadora de horários, equilibrando alunos, compromissos e a minha própria sanidade mental. Um dedo no Excel, outro na agenda, um olho no relógio e outro no universo, porque é preciso fazer um milagre para encaixar vários alunos em 5 dias da semana e ainda conseguir respirar. E se for possível ainda beber um café, que toda a gente sabe ajuda no equilíbrio mental do ser humano.
E quando finalmente acho que consegui encaixar tudo e todos: reparo que me sobram alunos e faltam horas, que dois alunos num intervalo de 30 minutos não dá e que só me resta a ideia milagrosa de ficar sem hora do almoço. Again. 😞
Encaixar alunos é como fazer um tetris impossível… respiro fundo. Mais uma tentativa. E quando penso "é agora"! Há sempre alguém que me diz: "A Joana tem ballet à terça e esqueci-me de dizer que a Carla agora tem patinagem artística às quartas". E pronto, cai o império romano, desfaz-se a torre de Babel, implode o Big Bang.
É nesse momento que o responsável pelos horários (EU) sorri. Não é um sorriso de alegria — é aquele sorriso nervoso (com a vista ligeiramente a tremer) de quem está prestes a abrir um buraco negro no Excel ...
Isto porque entre matemática, FQ, ballet e futebol, descobri que o verdadeiro milagre não é ensinar… é conseguir encaixar todos no mesmo relógio.
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No fim do dia, E MUITAS HORAS E MENSAGENS DEPOIS, fecho a cortina do meu circo particular POR HOJE. Quero acreditar que sim, que amanhã tudo se resolve. Que os horários saem, mais tortos ou direitos, mas saem. E que eu própria, num misto de alívio e incredulidade, vou olhar para o quadro e pensar: “Não sei como, mas funciona.”
Porque organizar horários num centro de explicações não é bem matemática. Nem física-química. É literatura fantástica. É teatro grego... do mais dramático e caótico que há.
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