tempo

Há lugares que me recordam de coisas muito importantes e que são muitas vezes levadas pelos vorazes e frenéticos dias que vivemos: podemos ser donos do tempo e temos sempre a hipótese de parar e viver devagar, preservando a distância necessária entre tudo o que é permanente e efémero, entre tudo o que é nosso e não queremos deixar ir. E esse parar, esse ir e ficar devagar, pode ser num sítio qualquer, longe ou perto. Na verdade os lugares para mim são muito pouco sobre distâncias. São mais sobre memórias e tempo, sobre ir sem pressa e regressar devagar. Não é uma questão de coordenadas mas de tempo e de camadas de memórias felizes que se acumulam e guardam. 

E este lugar, onde regresso sempre que preciso de um intervalo e me apetece parar, tem essa característica: é um lugar que guarda memórias de muitos verões, dos meus filhos pequeninos a correr na Alameda da Carvalha, um lugar-intervalo cheio de camadas de tempo e alegria, de verde e luz, de muito amor e por isso, cheio de ti. De ti que és também um lugar na minha vida. Daqueles que são lugares-permanentes. Felizes. 💓

PB


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